As ações da Alphabet, empresa controladora do Google, caíram mais de 7% na quarta-feira (8/2) após o lançamento de seu novo bot de IA, Bard, ter respondido a uma pergunta de forma incorreta em um anúncio no Twitter.
Bard is an experimental conversational AI service, powered by LaMDA. Built using our large language models and drawing on information from the web, it’s a launchpad for curiosity and can help simplify complex topics → https://t.co/fSp531xKy3 pic.twitter.com/JecHXVmt8l
— Google (@Google) February 6, 2023
O anúncio perguntou ao bot o que dizer a uma criança de nove anos sobre as descobertas do Telescópio Espacial James Webb, e o Bard afirmou que o telescópio foi o primeiro a tirar fotos de um planeta fora do Sistema Solar, quando na verdade essa realização foi alcançada pelo telescópio European Very Large em 2004. Astrônomos rapidamente apontaram o erro nas redes sociais, o que levou os investidores a ficarem desapontados com a apresentação dos planos de inteligência artificial da empresa.
A pressão sobre o Google aumentou desde o final do ano passado, quando a OpenAI, financiado pela Microsoft, revelou o novo software ChatGPT, que se tornou um sucesso viral pela facilidade em passar em testes escolares, compor letras de músicas e responder a vários tipos de perguntas. A Microsoft anunciou que a nova versão de seu mecanismo de busca Bing usará a tecnologia ChatGPT de forma ainda mais avançada. Embora os investidores tenham recebido bem o impulso para a inteligência artificial, os céticos alertaram que apressar a tecnologia aumenta os riscos de erros ou resultados distorcidos, além de gerar debates sobre questões de plágio.
O erro no anúncio destacou a importância de um processo de teste rigoroso, que a empresa garante ter iniciado com o programa Trusted Tester. Um porta-voz do Google afirmou que eles combinarão o feedback externo com seus próprios testes internos para garantir que as respostas de Bard atendam a um alto padrão de qualidade e segurança em relação às informações do mundo real. No mês passado, a Alphabet cortou 12 mil empregos em meio a uma onda de demissões que se abateu sobre vários gigantes da tecnologia.
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